Sergipe terá redução de 7,0% na safra de 2024, aponta o IBGE

De acordo com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 306,2 milhões de toneladas em 2024. Essa produção representa declínios de 0,7% em relação à primeira estimativa feita em outubro, e de 3,2% (ou 10,1 milhões de toneladas) na comparação com a safra de 2023. A queda na produção pode ser atribuída, principalmente, à redução na produção do milho 2ª safra (-12,8% ou -13 168 154 t), do sorgo (-10,9% ou -467 621 t) e do algodão herbáceo em caroço (-4,4% ou -208 433 t). Com relação à área prevista, o arroz em casca (4,6%), o feijão (5,3%), a soja (0,1%) e o milho 1ª safra (0,1%) apresentam variações positivas. Por outro lado, sorgo (-1,8%), trigo (-0,3%), milho 2ª safra (-4,4%) e algodão herbáceo em caroço (-0,4%) mostram variações negativas. “O milho, o sorgo e o algodão são mais cultivados na segunda safra, que é plantada após a colheita da primeira. O plantio da primeira safra atrasou devido à falta de chuva em alguns estados, como Mato Grosso.

No Sul, por outro lado, choveu bastante, também dificultando o plantio. Assim, pode haver um atraso na colheita dessa safra, reduzindo a ‘janela de plantio’ para a segunda safra, o que reduz sua segurança em termos climáticos. A segunda safra é também conhecida como safra da seca”, explica Carlos Barradas, gerente do LSPA. A produção agrícola em 2024 deve crescer apenas no Rio Grande do Sul (41,2%). São esperadas quedas no Mato Grosso (-14,6%), no Paraná (-1,4%), em Goiás (-4,5%), no Mato Grosso do Sul (-7,4%), em Minas Gerais (-4,5%), em Santa Catarina (-1,9%), no Tocantins (-6,4%), em Rondônia (-10,3%), em São Paulo (-3,2%), na Bahia (-2,9%), no Maranhão (-1,3%), no Piauí (-3,9%), no Pará (-5,9%) e em Sergipe (-7,0%). “Em 2023 a safra de soja no Rio Grande do Sul foi muito prejudicada pela falta de chuvas. Já em 2024 o cenário é o oposto, então deve haver uma recuperação. No caso de Mato Grosso, como o plantio da soja não foi feito na época ideal, a estimativa da produção do produto também caiu”, acrescenta Carlos Barradas.

A pesquisa também traz a estimativa de novembro para a safra de 2023 de cereais, leguminosas e oleaginosas, que alcançou 316,3 milhões de toneladas, 20,2% maior do que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas), crescimento de 53,1 milhões de toneladas. Na comparação com outubro, houve redução de 995,3 mil toneladas (-0,3%). A área a ser colhida foi de 77,8 milhões de hectares, apresentando crescimento de 6,3% frente à área colhida em 2022, aumento de 4,6 milhões de hectares. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida mostrou um decréscimo de 192 633 hectares (-0,2%).

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 4,3% na área do milho (declínio de 2,0% no milho 1ª safra e crescimento de 6,4% no milho 2ª safra), de 7,1% na do algodão herbáceo (em caroço), de 26,9% na do sorgo, de 8,8% na do trigo e de 8,0% na da soja, ocorrendo diminuições de 8,2% na área do arroz e de 7,0% na do feijão.

Quanto à produção, houve aumentos de 26,9% para a soja, de 14,4% para o algodão herbáceo (em caroço), de 49,9% para o sorgo, de 18,9% para o milho, com acréscimos de 9,2% no milho na 1ª safra e de 21,9% na 2ª safra, enquanto para o arroz em casca e para o trigo, ocorreram decréscimos de 3,9% e 11,3%, respectivamente. A estimativa de produção para a soja foi de 151,7 milhões de toneladas. Já para o milho a previsão foi de 131,0 milhões de toneladas (27,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 103,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,2 milhões de toneladas; a do trigo em 8,9 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 7,7 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,3 milhões de toneladas.

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